terça-feira, 6 de março de 2012

O Meu Primeiro Negócio

O Brasil é hoje o sétimo país do mundo em iniciativas empreendedoras, e, as pequenas e micro empresas, já respondem por cerca de 70% dos postos de trabalho com carteira assinada do país.

Este é um fenômeno que ganhou força no inicio da década de 90, 
com a abertura da economia e a “democratização” de tecnologias e equipamentos, e continuou crescendo ao longo dos anos através da educação, com universidades que hoje focam muito mais no talento empreendedor, em detrimento de uma cultura antiga de formação de meros empregados, e das políticas públicas, onde também houveram avanços importantes como a simplificação de impostos (super simples, etc) e o fortalecimento de entidades de apoio: SEBRAE, Incubadoras Tecnológicas, etc.

O sonho clássico de um formando há algumas décadas era e de firmar-se como funcionário de uma grande empresa, preferencialmente multinacional, ou qualificar-se para um cargo público, que lhe conferiria estabilidade empregatícia para o resto da vida, o que, convenhamos, é muito pouco para a perspectiva de futuro de um país.

O quadro hoje é bem mais promissor, mas nem tudo são flores.

A taxa de mortalidade das empresas ainda antes do seu terceiro ano de vida é elevadíssimo - 56% segundo o SEBRAE, e, o índice de informalidade, maior ainda.

Isto se deve há vários fatores, mas, na opinião deste blog, o principal deles é o perfil do empreendedor, alvo principal deste POST.

Infelizmente, boa parte (talvez a maior) dos novos negócios se dão por necessidade (falta de emprego, etc) ou mesmo ilusão do que propriamente por uma oportunidade de negócio.

A desinformação e o despreparo são inimigos implacáveis dos pequenos negócios.

Gerir uma empresa exige muito mais do meramente um sonho e força de vontade.

Requer sim, um conjunto de habilidades e conhecimentos.

Alguns destes predicados podem ser adquiridos ao longo do próprio processo, ao passo que outros, mais básicos, precisam necessariamente ser conhecidos antes, sob pena de pesarem muito sobre a estrutura, justamente nos seus primeiros e mais críticos meses/anos de vida.

Plano de Negócios” ,  “Fluxo de Caixa” ,  “Taxa de Retorno” ,  “Lucro Líquido” , “Planilha de Custo” ,  etc, são termos comuns a este universo e que precisam ser compreendidos pelo novo empreendedor para dar sustentabilidade e saúde ao seu negócio.
Modelo Plano de Negócios

Em nosso blog vamos abordar estes, e outros temas de forma simplificada e objetiva, com exemplos práticos e modelos pré-prontos para download.



Alguns MITOS sobre o empreendedorismo:

ü        Qualquer um pode começar um negócio – isto é uma meia-verdade, pois, se percebermos o número de falências de médias e pequenas empresas (56%) é fácil entender que a dificuldade não esta em “Abrir”, mas, sim em “Manter” o negócio, tarefa esta, que exige competência e dedicação;
ü        Dinheiro é o fator mais importante para montar uma empresa – isto não é verdade. Dinheiro é importante sim, mas não o fator mais importante. De que adianta dinheiro sem competência? Fica simples entender se for feita uma analogia com o fato de que “o dinheiro é como o pincel e a tinta para o pintor – materiais que, nas mãos certas, produzem maravilhas”;

ü        Pessoas empreendedoras não têm chefes e são completamente independentes – não ter chefe é a mais pura ilusão. De uma forma ou de outra, todas as pessoas que trabalham tem um, ou melhor, muitos chefes. Os chefes de um empresário, por exemplo, são todos os segmentos de mercado - fornecedores, funcionários, investidores, clientes, etc, dos quais depende visceralmente a sustentabilidade de seu negócio.


ü        Pessoas empreendedoras devem ser jovens e cheias de energia – como diria o ditado popular, “nunca é tarde para começar”. Além do mais, idade não é impedimento para nada e ser mais velho significa, teoricamente, mais experiência, mais contatos; etc. O importante é a competência.

ü        Negócio próprio absorve todo tempo disponível da vida pessoal – essa é uma situação bastante relativa, pois pode ser verdade para alguns casos, em algumas circunstâncias especiais do negócio, e não para outros. De qualquer forma, o equilíbrio entre PROFISSIONAL e PESSOAL é fundamental para a qualidade de vida e mesmo para a produtividade do negócio;

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